quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Vacinação de cães

Fatos, Verdades e mentiras sobre a vacinação de cães



Em filhotes pequenos, 95% de sua imunização é obtida através do consumo do colostro, que é o primeiro leite produzido pela mãe durante um curto tempo após o nascimento
VERDADE: Se a mãe é imunizada contra as principais doenças infecciosas caninas, seus filhotes também irão ser protegidos por 6 a 16 semanas após o nascimento de eles consumirem o colostro.

Fêmeas revacinadas antes da cobertura passam mais anticorpos para seus filhotes pelo colostro do que as fêmeas não vacinadas. 
VERDADE: Quanto mais alta for a concentração de anticorpos contra doenças infecciosas na mãe, maior será a proteção que ela passará para seus filhotes. A revacinação causa aumento da produção de anticorpos maternos.



ENQUANTO ESTÃO PRESENTES, OS ANTICORPOS RECEBIDOS DA MÃE NÃO VÃO INTERFERIR COM A VACINAÇÃO PERMANENTE DOS FILHOTES. 
FALSO: Os anticorpos recebidos da mãe vão interferir na produção de anticorpos produzidos pelos filhotes em algumas semanas após o nascimento.

A VIA DE ADMINISTRAÇÃO (USUALMENTE INTRAMUSCULAR OU SUBCUTÂNEA) NÃO TEM EFEITO NO NÍVEL DE PROTEÇÃO PRODUZIDO EM CÃES COM IDADE PARA SEREM VACINADOS. 
FALSO: O efeito da via de administração na resposta vacinal depende da vacina que é aplicada. Por exemplo, a vacina anti-rábica é a mais efetiva se for administrada pela via intramuscular do que na via subcutânea. Como a vacina contra Cinomose, ambas as vias são igualmente efetivas.

CÃES IDOSOS (MAIS DE SETE ANIS DE IDADE) PODEM TER UMA DIMINUIÇÃO NA HABILIDADE DE PRODUZIR ANTICORPOS APÓS A VACINAÇÃO, ENTÃO DEVEM SER VACINADOS ANUALMENTE. 
VERDADE: Cães idosos não produzem anticorpos vacinais tão bem como cães mais jovens. A duração da proteção com uma vacina única será mais curta em animais idosos. A revacinação anual impede que os níveis de anticorpos de proteção diminuam deixando o animal mais exposto a doenças.


A VACINAÇÃO DE ANIMAIS QUE JÁ ESTÃO DOENTES, IRÁ PREVINIR A PROGRESSÃO DA DOENÇA.
FALSO: A vacinação de animais doentes não irá prevenir a progressão da mesma, pois os anticorpos vacinais demoram vários dias até atingirem níveis de proteção que impeçam a progressão da doença. 7 dias a duas semanas são necessários para que o organismo produza quantidades suficientes de anticorpos para proteger os animais contra as doenças. Os anticorpos devem estão presentes antes da exposição do paciente ao agente causador da doença.

FILHOTES VACINADOS DEVEM SER PROTEGIDOS DO FRIO, POIS A FRIAGEM REDUZ A QUANTIDADE DE ANTICORPOS PRODUZIDOS APÓS A VACINAÇÃO.
VERDADE: Pesquisas recentes em ninhadas separadas por sexo, idade e peso, demonstram níveis significativamente maiores de anticorpos em filhotes que não ficaram expostos ao frio durante o tempo de formação de anticorpos após a vacinação.


CÃES DEVEM SER VACINADOS CONTRA CINOMOSE, HEPATITE. LEPTOSPIROSE, PARAINFLUENZA E PARVOVIROSE, POIS ELES IRÃO ADQUERIR NATURALMENTE IMUNIDADE. 
FALSO: Todas as doenças citadas acima podem ser fatais. Quando o animal se recupera de uma destas doenças, o seu organismo pode realmente ficar imune, mas lesões nos órgãos e sistemas podem ser tão severas que podem predispor o animal a ter inúmeras outras doenças.

VACINAÇÃO

As vacinações permitem evitar doenças infectocontagiosas fatais. Algumas são obrigatórias. Só podem ser eficazes se forem ministradas em determinada circunstância, ou seja, respeitando um calendário preciso. 

O cachorro recebe a primeira imunidade da mãe, são anticorpos presentes no colostro. Estes são transmitidos pelo leite materno, durante as primeiras horas de vida do cachorro (24 horas no máximo) e caso a mãe tenha uma boa imunidade. Então o cão já está protegido na ausência de medidas de vacinação. Além disso, deve-se saber que o sistema imunológico do cão não é completamente desenvolvido ao nascimento, e está maduro após a sexta semana. 

Ao vacinar o cão pela primeira vez deve-se tomar cuidado para não interferir com os anticorpos maternos, fenômeno que pode persistir de 10 a 12 semanas de idade. Portanto pode-se começar a implantar protocolos de vacinação a partir de 8 a 10 semanas de idade. 

É preferível que o cachorro seja vacinado contra todas as doenças infecciosas que poderiam ser fatais. Além da vacinação anti-rábica obrigatória o cachorro deve ser vacinado contra cinomose, hepatite contagiosa, leptospirose e parvovirose.


Os diferentes tipos de vacinas

A administração de uma vacina a um cão baseia-se na inoculação de microrganismos patogênicos ou de frações destes, de forma que o animal possa produzir uma imunidade contra estes vírus ou bactérias.

Algumas vacinas são ditas “agentes vivos”, o que significa que os microrganismos ainda podem se multiplicar no organismo do cão, sem, no entanto, possuírem caráter patogênico.

As vacinas de agentes atenuados: trata-se de microrganismos – vírus ou bactérias de forma diminuída após mutações obtidas.

Vacinas são ditas homólogas de os agentes que estão presentes na vacina forem do mesmo responsável pela doença. E heterólogas quando se utiliza microrganismo diferente.

Outras vacinas, cujos agentes patogênicos foram modificados geneticamente, perdendo a sua virulência.

Existem também vacinas com agentes inativos, nos quais o agente patogênico foi morto por ações químicas. Estas vacinas possuem uma maior inocuidade do que as vacinas vivas, porém uma eficácia menor. Por este motivo são frequentes o uso do adjuvante com a função de prorrogar o contato com o organismo. No caso da vacina anti-rábica, a presença de um adjuvante dispensa uma segunda injeção após a primeira vacinação.


Acidentes pós-vacinas

Um cuidado importante de profissionais de pet shops e de clinicas veterinárias é prestar importantes esclarecimentos aos proprietários dos animais de estimação, quanto aos riscos de procedimentos de imunização de seus animais, sem a devida orientação e supervisão de um médico veterinário, considerando esta prática cada vez mais comum e temerosa, pois devem ser levadas em conta respostas negativas imunológicas, tais como: Interferência de anticorpos maternos, verminoses e doenças intercorrentes. 

Existem três formas de manifestações sintomáticas que caracterizam acidentes pós-vacinas: Reações alérgicas em locais, reações alérgicas sistêmicas (choque anafilático) e acidentes neuro-paralíticos. 

Reações alérgicas locais: Podem ocorrer após a aplicação de vacinas e estão associadas a presença de adjuvante de imunidade, necessário para aumentar a resposta da imunogênica, e tem relação com uma sensibilidade individual. Caracterizadas pela queda de pelos no local da aplicação, inflamação abaixo da pele e com tudo a mudança de cor da pele. 

Reações alérgicas sistêmicas (Choque Anafilático): É uma reação alérgica grave e de rápida progressão que pode provocar até a morte, após a disseminação da vacina. Os órgãos envolvidos são o baço e pulmões, os sinais clínicos incluem náuseas, vômitos, diarreia, inquietação, ataxia (Falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio), ataques epileptiformes (convulções), palidez nas mucosas, taquipnéia (aumento do ciclo respiratório) e taquicardia (aumento dos batimentos do coração). Alguns animais podem ter hipersalivação, tenesmo e defecação. 

Acidentes neuro-paralíticos: São afecções nervosas, que tem maior importância no cão, pois é mais sujeito a ter encefalites, pela frequência com que é imunizado com as vacinas anti-rábicas. Está evidenciado que a substância responsável pela encefalite alérgica existe na substância branca do cérebro de mamíferos, que quando injetada haveria a formação de anticorpos que se ligam a uma parte determinada de mielina, causando a sua degradação e consequentemente estabelecimento da encefalite alérgica, os sintomas são de paralisia após a administração em tecido nervoso, a afecção se inicia comumente, por paralisia em membros, com rápida progressão por todo o corpo até a morte. 

Desta forma observamos que todo o processo de imunização deve ser ministrado ou acompanhado por um profissional médico veterinário, que avalie primeiramente as condições gerais do animal, analisando seu nível de infestação parasitária, sua condição nutricional e elaborando um programa de vacinação obedecendo as possíveis condições de imuno-interferencias. Em decorrência dos riscos pós-vacinação descritos, a exigência de uma supervisão e acompanhamento do ato de aplicação deste programa de vacinação é imprescindível.

sábado, 20 de agosto de 2016

Alimentos prejudiciais para os cães

Difícil resistir aquela carinha de cachorro querendo alguma coisa não é mesmo?




Saiba o quanto é importante a gente resistir as carinhas de nossos amigos e quais são os alimentos, medicamentos e substâncias mais prejudiciais e venenosos para nossos pets, podendo levar eles até mesmo a morte e também entenda o porquê.


Leite e derivados: Os cães (e também os gatos) não possuem as enzimas responsáveis pela quebra da lactose no organismo. Os animais sofrem dos mesmos sintomas das pessoas com intolerância à lactose.

Chocolate: Além do leite presente na receita, o chocolate contém teobromina, uma substância muito nociva para os cães.


Cebola e alho: Um dos principais motivos para não dar restos do almoço ou jantar para o seu cachorrinho é o tempero utilizado. Cebola e alho danificam as células vermelhas do animal e causam até morte por anemia.

Macadâmia, Nozes e Amendoim: Podem causar pancreatite, reação alérgica. Macadâmia pode causar fraqueza, depressão, dificuldade para andar, tremores, febre, dores na barriga.

Salmão: Não possui uma literatura consistente a respeito, mas há cães diagnosticados com infecção por salmão.


Uva: Pode causar insuficiência renal com sinais de vômito, diarreia, fraqueza, falta de apetite, e prostração.
Espinafre e beterraba: Traz complicações para os rins do animal e predispõe o cão à cálculos renais.

Carne de coelho: Alguns animais com problemas de proteínas realizam uma dieta a base de carne de coelho, mas esse tipo de proteína em excesso pode causar problemas ao animal. É bom lembrar que, assim como no ser humano, todo excesso faz mal ao organismo do seu cachorrinho.

Miolo de pão: Muito se diz sobre a fermentação do pão causar problemas nos animais, mas não há comprovação a respeito disso. Um dos grandes perigos de dar miolo de pão para o seu animal é o engasgo, já que em se engasgando, é difícil que o cachorrinho se recupere.


Álcool: O álcool também pode ser muito prejudicial para os cães. Ele pode ser altamente tóxico e revelar-se fatal. Todas as bebidas alcoólicas contêm etanol que é tóxico para os cães. Se o cão consome álcool, ele pode apresentar sintomas como mudança de comportamento, agitação, depressão, problemas respiratórios, ânsia excessiva, odor de álcool na boca e micção excessiva.

Xilitol: O xilitol é um adoçante artificial de açúcar que contém álcool. Encontra-se na maior parte dos produtos derivados do açúcar livre, tais como doces, goma de mascar, etc.. É um dos alimentos prejudiciais para cães. O consumo excessivo de xilitol em cães irá resultar em pouco açúcar no sangue levando à fraqueza. Ela também pode causar convulsões. Você deve levar seu cão ao veterinário imediatamente se você perceber esses sintomas.

Café: Borra de café ou grãos de café são tóxicos para os cães. Os sintomas que ocorrem quando o cão consome café são semelhantes aos que ocorrem quando se consome chocolate.

Alimentos mofados: Alimentos mofados ou estragados podem ser muito prejudiciais para os cães, assim, deve-se sempre manter os cães longe das latas de lixo. Alimentos mofados ou estragados prejudicam sistema digestivo do cão e podem resultar em intoxicação alimentar.
Cogumelos: Os cogumelos têm um efeito tóxico e são muito prejudiciais para os cães. Se o cão ingere cogumelos venenosos ele pode mostrar sintomas como vômitos, diarreia, problemas de estômago ou insuficiência hepática. Alguns cães são mesmo alérgicos a cogumelos normais que são comestíveis.
Abacate: Todos os componentes de abacate são tóxicos. A substância tóxica, que está contida no abacate é chamada ‘Persin’. Os sintomas que você vai observar quando o seu cão ingere abacate são problemas respiratórios, aumento do abdômen e problemas cardíacos.
Comida de gato e comida para bebê: Comida de gato tem proteína e alto teor de gordura, o que não é adequado para os cães. Alimentos para bebés podem conter cebola em pó que é um dos alimentos nocivos para o cão.

Frango:
Aves em geral são um problema não apenas pelo tempero presente na carne (quando está crua, há menos problemas para os cães), mas também pelos ossos, que podem se partir após ingeridos, causando obstruções no estômago e no intestino (até mesmo os perfurando). Se você suspeita que seu cão ou gato tenha engolido um ossinho, fique de olho: a qualquer sinal de dor ou desconforto, leve-o ao veterinário. Normalmente, os fragmentos "fazem a passagem" naturalmente e sem causarem danos, mas é sempre bom ficar atento.
Milho na espiga: Tão inofensivo, tão suculento e amarelinho… Nada disso. Seu cão adora mastigar e morder aquele osso sintético por horas a fio? Mesmo assim, a espiga pode provocar muitos problemas se for engolida. É mais seguro deixá-lo como está, roendo o osso.
Fígado: Um pedacinho não faz mal, mas cuidado com grandes quantias (especialmente com relação ao tamanho do seu bichinho). O problema são os níveis de vitamina A nesse alimento que, em excesso, podem causar deformação nos ossos, anorexia e, em casos raros, morte.
Caroços de frutas: Caroços de ameixas, pêssegos, cerejas e sementes de maçã podem oferecer o risco de asfixia, além de uma possível obstrução no intestino de seu animal de estimação. Além disso, as sementes contêm glicosídeos cianogênicos, que são compostos de cianeto que podem causar em cães e gatos dificuldade respiratória, salivação excessiva, convulsões e até coma.
Sal: Ao preparar a comidinha para seu cão ou gato, não coloque sal na comida. Ele pode ocasionar vômitos, diarreia, depressão, tremores e febre.
Fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): Animaizinhos também tomam anti-inflamatórios para aliviar dores musculares e articulares, contudo você só deve medicar seu pet se um veterinário prescrever. As doses para animais de estimação são muito menores do que as para humanos. Gatos são extremamente sensíveis a anti-inflamatórios devido às suas taxas de absorção gastrointestinal e sua capacidade reduzida de metabolizar medicamentos. Uma dosagem incorreta pode desencadear distúrbios como úlceras e hemorragias. Além disso, reduz o fluxo sanguíneo para os rins e outros órgãos, causando danos significativos. Alguns dos AINEs são ibuprofeno e naproxeno.

Aspirina: Embora a aspirina possa ser usada com segurança em cães e gatos em dosagens adequadas, ela tem o potencial para efeitos secundários graves. Os gatos apresentam maior risco que os cães, pois têm dificuldade para metabolizar este fármaco. Sinais de intoxicação em gatos por aspirina incluem depressão, falta de interesse em alimentos, vômitos, perda de equilíbrio, diarreia com sangue, e respiração ofegante. Os bichanos também podem desenvolver anemia severa, distúrbios hemorrágicos e insuficiência renal. Já os cães podem apresentar problemas gastrointestinais, dificuldades respiratórias, distúrbios hemorrágicos e insuficiência renal.

Paracetamol (Tylenol): Muitas vezes donos dão esse medicamento a seus animais na tentativa de fazê-los sentirem-se melhor. Contudo, como comentado acima, não se deve medicar seu animal sem aval de um veterinário, pois as consequências podem ser desastrosas. Paracetamol pode ser fatal para cães e gatos, pois eles não possuem as enzimas necessárias para processá-lo, podendo causar danos nos tecidos. Os sintomas se desenvolvem rapidamente e incluem fraqueza, salivação excessiva, vômitos, dificuldade em respirar, urina de cor escura e dor abdominal.
Plantas: A presença de plantas no ambiente faz bem tanto para humanos como para seus bichinhos, contudo devemos estar atentos para plantas tóxicas que seu pet pode ingerir e passar mal. Comer um pedacinho de uma planta tóxica pode não ser fatal, mas grandes doses ou doses constantes podem ser muito perigosas, especialmente para gatos. As plantas que estão listadas como tóxicas para os seres humanos também são consideradas tóxicas para os cães e gatos. Algumas das plantas mais perigosas são: lírios, azaléias, oleander, palmeira sagu e mamona. Lírios podem causar insuficiência renal em gatos, e algumas espécies da planta podem causar arritmia cardíaca e morte. Sinais de ingestão de plantas tóxicas incluem vômitos, diarreia, micção frequente, e beber muita água.
Tabaco e maconha: O tabaco é tóxico para cães e gatos. A ingestão de nicotina pode levar a vômitos, tremores e morte. Embora comer maconha provavelmente não vá matar seu cão, ela pode desencadear incontinência, fraqueza, letargia, tropeço, baixa frequência cardíaca, pupilas dilatadas e vômito.

Para tornar sua casa mais segura para seus bichinhos, você deve manter os alimentos e produtos químicos longe do alcance deles. Mantenha produtos de limpeza atrás de portas, e guarde seus medicamentos em locais seguros. Por mais que os animais resistam a tomar seus remédios quando devem, um remédio que você deixou cair no chão pode parecer muito atrativo. Mesmo que você conheça casos de um bichinho consumiu um desses alimentos impróprios e nada aconteceu, deve considerar essas histórias como exceções, e pensar que em longo prazo seu bichinho pode apresentar sintomas causados por esse hábito. Leve o seu animalzinho ao veterinário o quanto antes se você tem alguma suspeita de envenenamento. E tenha atenção especial com os itens desta lista para manter o seu cãozinho saudável.


“A grande dica é lembrar de tudo que faz mal para alguns humanos faz mal para nossos bichinhos também, inclusive excessos. Você também pode consultar um veterinário para obter mais informações como você deve alimentar o seu cão. Vamos cuidar de nossos amigos leais, evitando estes alimentos em seus comedouro. ”

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Origem das aves

Tudo começou com uma espécie chamada Archaeopteryx lithographica que viveu no período jurássico na era Mesozoica, ou era dos répteis. O Archaeopterys, porém, era um réptil diferente dos outros (inclusive dos outros voadores, como os pterossauros): tinha desenvolvido um novo instrumento de vôo, que complementava as asas – as penas. Dos contemporâneos plumados do Archoeopterys (ou de uma espécie similar a essa) derivaram as aves, que foram evoluindo cada vez mais. As primeiras aves tinham ainda o esqueleto da cauda bastante longo, e o “bico” munido de dentes. Além do Archoeopterys, também tinham dentes duas outras espécies plumadas, batizadas pelos cientistas com os nomes de Ichthyornis e Hesperornis, que em grego significam “ave dos peixes” e “ave da noite”. O conjunto de plumas e penas, ou seja, a plumagem que recobre o corpo das aves, tem várias funções: permite o vôo, protege do calor e do frio (funciona como isolante térmico), ajuda a flutuar na água e contribui para a manutenção de uma temperatura ideal durante a incubação (choco). Juntamente com as asas, as penas são o principal instrumento de vôo, funcionando como “hélices” e estabilizadores de vôo.


Archaeopteryx lithographica

A evolução das Aves


Por que as Aves voam?


Diferentemente de outros animais, cada elemento da anatomia das aves foi feito para eles pudessem voar, como por exemplo.
Seus ossos pneumáticos, sendo os da cabeça e peito ocos e com isso muito mais leves, facilitando o voo.
Suas penas, cada pena tem um eixo de onde saem diversas ramificações, sendo fixadas umas nas outras e formando uma espécie de “leque” bastante resistente ao vento e também tem a função de manter a temperatura, aquecer seus filhotes, as penas do peito que funcionam como órgãos sensores, que detectam as mudanças na velocidade e na direção das correntes de ar, as penas da cauda que tem a função de direcionar a ave para a direita ou para a esquerda.
As asas exercem dois papéis fundamentais: o de propulsor, impulsionando a ave para a frente; e o de aerofólio, dando a sustentação necessária para mantê-la flutuando no ar.
A força da musculatura peitoral também é um elemento que torna possível que as aves voem. O esterno possui uma quilha de onde saem os músculos peitorais e a musculatura é muito forte e desenvolvida, permitindo que a ave mantenha o ritmo do bater de asas constante.
Os sistemas respiratório e circulatório também possibilitam o alto desempenho das aves, tornando o seu metabolismo muito eficaz. Os pulmões das aves são muito diferentes dos outros animais e o sistema conta com os “sacos aéreos”, eficazes nas trocas gasosas.
Os pulmões e a presença dos sacos aéreos nas aves permitem que o sistema circulatório seja possível, uma vez que este opera em altas temperaturas.




Atualmente as Aves são divididas em dois tipos

Paleognathae (Aves não voadoras)


Neognathae (Aves voadoras)






Origem dos Gatos

Os Felídeos primitivos


Durante o período Oligoceno, esboça-se claramente nos felídeos uma tendência para a individualização de duas linhagens distintas. Por um lado, animais grandes e robustos, embora lentos, providos de enormes caninos semelhantes a lâminas de sabre: os Eusmilus; e por outro lado os grandes gatos mãos ágeis e mais rápidos com uma distinção próxima dos atuais, os Proailurus, e mais tarde os Pseudáilurus cujo a locomoção é semelhante a dos Viverrideos. Os pequenos felinos foram se acostumando com regiões tão diversificadas como os desertos, florestas, estepes e pântanos.


A domesticação dos gatos


A domesticação dos gatos permanece em volta de bastante mistério, e não pode ser estabelecida como uma certeza absoluta. Segundo a crença tradicional a domesticação teria ocorrido no Egito, local onde foram encontrados os primeiros vestígios da domesticação dos gatos, por volta de 4.500 AC. O gato egípcio seria descendente de uma subespécie de gato selvagem Felis silvestres libyca. Inicialmente este gato começou a ser um comensal do homem, partilhando a sua alimentação, posteriormente estabeleceu-se uma relação de maior proximidade entre homem e animal, que primeiro se tornou familiar e depois de tornou uma companhia.
No antigo Egito o gato doméstico trazido do sul ou de oeste por volta de 2.100 AC é considerado um ser divino, de tal forma que se um deles morrer de morte natural as pessoas da casa raspam a sobrancelha em sinal de luto.


A origem dos cães

Os cães são mamíferos caracterizados por dentes caninos pontiagudos, dentição adaptada a um regime onívoro e um esqueleto dimensionado para a locomoção digitígrada (aquele que anda sobre os dedos).
A sua evolução e diversificação teve início no continente norte-americano, com o aparecimento de uma família de carnívoros semelhantes à doninha atual – os miacídeos – que proliferaram neste continente há 40 milhões de anos, com altura de 42 gêneros diferentes, enquanto hoje apenas se subdivide em 16. A família dos canídeos atuais comporta 3 subfamílias: os cuonídeos (licaon), os otocinídeos (otocion da África do Sul) e os canídeos (cão, lobo, raposa, chacal, coiote).



A Domesticação dos Lobos


A descoberta de pegadas e ossadas de lobo nos territórios ocupados pelo homem na Europa ascendentes de 40.000 anis, se bem que a sua utilização real não tenha sido autenticada pelo Homo Sapiens nos frescos pré-históricos. Nesta época, o homem não era ainda sedentário, e alimentava-se ainda com os produtos de suas caçadas, cujas migrações acompanhavam. As mudanças climatéricas – o final do período glacial e o aquecimento brutal da atmosfera – ocorridas há 10.000 anos durante a passagem do pleistoceno para o holoceno, levaram a substituição de mamutes e bisontes, cujo lugar foi ocupado por veados e javalis. Esta redução da caça tradicional impediu o Homem de inventar novas armas e a adaptar as suas técnicas de caça. Nesta fase, tinham de competir com os lobos que se alimentavam do mesmo tipo de presas e utilizavam as mesmas técnicas de caça em matilha com recursos a “batedores”.
Como tal homem teve, naturalmente de procurar converter o lobo em um aliado de caça, tentando pela primeira vez domesticar o animal, muito antes dele próprio de tornar sedentário e de se dedicar à criação de animais. Assim, o cão primitivo era indiscutivelmente, um cão de caça e não um cão pastor.


Resultado da seleção realizada pelo homem

O aparecimento das raças caninas, tais como as mais conhecidas atualmente, constitui em um fenômeno muito mais recente do que a domesticação, uma vez que data da antiguidade.
Para além de algumas raças como Bichon, cuja identidade racial foi possível conservar em um território limitado, a maioria das raças caninas resultam da seleção pelas nossas civilizações, da ação possibilitada pela domesticação e da orientação dos acasalamentos.

Aparecimento dos diversos tipos de cães

Os dois grandes tipos de cães constituídos pelos Molossóides, encarregados da proteção dos rebanhos contra os predadores (ursos e por ironia do destino os próprios lobos). O tipo Galgo adaptado a corrida e as regiões desertas, se tornou um poderoso auxiliar de caça para o homem. Juntamente com estes dois tipos básicos, encontravam-se já sem dúvidas os tipos de cães correspondentes atualmente aos principais grupos classificados pela sociedade central canina.
Molossóide




Galgo